Nas últimas semanas, o Campeonato Brasileiro oscilou entre oportunidades e tropeços para os três primeiros colocados.
Semana passada, o São Paulo via Inter perder e jogava com público a favor com o Santo André, em má fase. Poderia dormir na liderança e secar o Palmeiras na Quarta. Tudo seria perfeito.
Não foi. Empatou contra o Santo André em Ribeirão Preto e viu o Palmeiras abrir 3 pontos de vantagem ao ganhar do Cruzeiro no Mineirão.
Agora, 26ª rodada. Chance para o Palmeiras deslanchar. Joga em casa no sábado contra o Atlético-PR, enquanto seus rivais terão jogos difíceis no domingo. Inter pega o Flamengo de Adriano. São Paulo faz o clássico contra o Corinthians. Os palmeirenses só tem que lembrar de ganhar o próprio jogo para, depois, secar os outros.
No dia 2 de outubro será definida a cidade-sede para os jogos olímpicos de 2016. As quatro na disputa são: Chicago, Madrid, Rio de Janeiro e Tóquio. Grande disputa política envolve a escolha e as cidades torcem para serem agraciadas com a sediação.
Não é o que pensam alguns residentes de Chicago. Com o site ChicagoansForRio, fazem lobby para que a cidade escolhida seja a brasileira. Os motivos são os gastos que são necessários para montar uma sede olímpica (Montreal demorou 30 anos para quitar as dívidas feitas com infraestrutura) e os poucos retornos das construções esportivas (Atenas tem paradas 21 das 22 instalações).
A campanha dos americanos adota um tom irônico e compara Rio e Chicago:
Apelido: Rio - Cidade Maravilhosa Chicago - A Segunda Cidade Cartão-Postal: Rio - Pessoas nuas dançando Chicago - Pessoas gordas comendo Praias: Rio - Copacabana, Ipanema Chicago - 63ª Rua Monumento: Rio - Cristo Redentor Chicago - Lincoln Sentado
Muitos esquecem ou se fazem esquecer que no G-4, logo ali, um time também aparece como candidato ao título. Para esses - e neles me incluo -, o Goiás deu uma respeitável surra no Corinthians.
No maior público do Pacaembu no Brasileirão, 4 a 1 em cima dos corinthianos, mais badalados que os esmeraldinos, 5 pontos a menos na tabela.
Após aproveitar os tropeços dos rivais para se aproximar da liderança na última rodada, o São Paulo conta mais uma vez com as derrotas de Inter e Palmeiras para, desta vez, assumir a ponta.
No estádio Santa Cruz, do também tricolor Botafogo, a chance é de ouro, porque o Inter perdeu para o Vitória, maior aliado do São Paulo no campeonato, e porque o Palmeiras vai sofrer no Mineirão contra o Cruzeiro.
A 24ª rodada do Brasileirão caiu dos céus para o São Paulo. No sábado, o time venceu o encardido Avaí com uma consistência apresentada há várias rodadas. Feita sua parte, os tricolores acordaram no domingo só para secar os rivais Internacional e Palmeiras.
Compraram carvão, cerveja, picanha, linguiça e chamaram os amigos. Às 16h, o churrasco parou para assistir os líderes ameaçados na traseira pelo Tricolor. Às 18h, o são-paulino comemorava. Inter derrotado em casa pelo Cruzeiro. Palmeiras vencido na Bahia. Empolgado com a diferença diminuída para apenas um pontinho, o são-paulino voltou para o churrasco. Foi à grelha e pediu:
Pode ser até tarde demais para a conquista do Brasileirão, mas o Corinthians já monta um time tão bom ou melhor ao que tinha há três meses.
Paulo André veio do Monaco para ser um substituto melhor que Jean, agora na Rússia. Veio Balbuena, que pode ser um bom coringa para a zaga e lateral-direita. Perdeu Cristian, trouxe Edu e Marcelo Mattos. Perdeu Douglas, trouxe Defederico e ainda pode trazer Edno.
Perdeu André Santos, trouxe... Não trouxe. A peça que falta para recolocar o Corinthians no topo é um habilidoso lateral-esquerdo. Não que Marcelo Oliveira seja um mau jogador, mas pedir que substitua André Santos a altura é depositar muitas expectativas na jovem promessa.
*Por Murilo Azevedo, jornalista aspirante, esportista por hobbie
Brasil e Chile jogam hoje na Bahia, em partida válida pelas Eliminatórias para a Copa do ano que vem.
Nada de especial.
Os brasileiros, em festa pela classificação adiantada, têm mais chances e devem vencer. Os reservas Miranda, Júlio Baptista, Nilmar e Adriano vão querer mostrar serviço para ir à África do Sul. Uma derrota só não seria legal porque perder não é legal nunca. Mas só.
Já para o Chile, o jogo é mais importante, já que uma vitória garante sua vaga na Copa. O técnico argentino Bielsa, El Loco, faz mistério e não deixou nem a imprensa chilena acompanhar os treinos. Valdívia deve ser banco, e é justo, porque Matías Fernandéz é mesmo melhor.
Para vencer o Brasil, os chilenos vão ter que melhorar muito em relação ao último jogo. No empate contra a Venezuela, em Santiago, o time se mostrou inconstante e sem muita iniciativa ao atacar. Verdade que deve encontrar mais espaço para jogar com Fernandez e Alexis nos contragolpes e que Suazo é fazedor de gols, mas o lento sistema defensivo, com Ponce e Jara, não vai segurar Nilmar.
Bom jogo para o Dunga experimentar os reservas, rever a titularidade de Robinho, que não joga bem há um tempo, e quem sabe, largar de ser azedo com a imprensa.
Em 98...
Há 11 anos, outro Brasil x Chile valia muito mais.
Os países se encontraram nas oitavas de final da Copa do Mundo de 1998, na França.
Tempo em que os chilenos eram muito mais perigosos, com uma dupla de ataque que tinha Salas e Zamorano. O goleiro ainda era Nelson Tapia.
Mas o Brasil, do capitão Dunga, teve um de seus melhores jogos naquela Copa. Venceu por 4 x 1.
Ronaldo, que ainda era Ronaldinho, deu show. Marcou duas vezes e mandou duas na trave. Rivaldo também foi muito bem, como sempre.
Os outros dois gols brasileiros foram marcados pelo iluminado César Sampaio, que fazia bela Copa e já tinha marcado contra a Escócia, na estreia.
Zamorano fez o gol de honra do Chile.
O Brasil foi às quartas para enfrentar a Dinamarca, e onde essa história vai acabar todo mundo já sabe. Fiquemos com a festa de hoje.
Dunga não pode nem ser comparado com Maradona como jogador. Agora, como técnico que começou no posto mais alto do Brasil, mostra-se melhor estrategista que "el Pibe".
O brasileiro curte seus momentos de tranquilidade e já mostra ter superado o período crítico de impopularidade. Campeão da Copa América e da Copa das Confederações, o Brasil tem tudo para também conquistar as eliminatórias. A seleção canarinha pode já se classificar neste sábado para 2010, caso vença a Argentina e Equador perca da Colômbia fora de casa.
Já Maradona vive dias turbulentos no comando dos argentinos e parece estar zangado com isso. Tanto que provoca os brasileiros, tentando mostrar uma confiança que não tem. Uma marca da instabilidade da seleção vizinha foi a incrível derrota por 6 a 1 para a pequena Bolívia. Os argentinos correm riscos de ficarem fora do grupo de classificação para a Copa. É só o Equador ganhar e o Brasil beliscar os três pontos em Rosário.
Nas últimas semanas, o Campeonato Brasileiro oscilou entre oportunidades e tropeços para os três primeiros colocados.
